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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

MANDACARÚ

Arborescente, geralmente de até 10 metros de altura, forma colunar, muito ramificada desde a base, provida de espinhos longos. Flores grandes, alvas, que se abrem durante a noite.
Fruto: Tipo baga, alongado, casca grossa e vermelha quando maduro, polpa comestível, adocicada, branca  suculenta, contendo muitas sementes pequenas e de coloração preta.
Frutificação: Quase o ano todo, conforme as chuvas.
Propagação: Vegetativa

MANDACARÚ- PLANTA
Crescendo em todo tipo de solo árido, entre piçarrentos e pedregosos, perfeitamente adaptado a longos períodos de seca e sempre frutificando, o mandacaru é elemento indissociável da paisagem típica da Caatinga e do sertão nordestino. Seus ramos sempre verdes, os frutos vermelhos e as belíssimas flores brancas, que apenas dão o ar de sua graça durante a noite, são alguns dos poucos elementos de cor nesse cenário ermo e cinzento, que tão frequentemente maltrata a vida dos seus habitantes.

MANDACARÚ - FRUTO
Entretanto, a crença de que a floração do mandacaru anuncia a boa safra de chuvas na região, difundida pelas famosas palavras da música e refletida na cultura popular sertaneja, não pode ser entendida literalmente. Embora seu crescimento e sua frutificação estejam diretamente relacionados à disponibilidade de água no ambiente, sobretudo no solo, a crença popular baseia-se na idéia de que os verticilos florais, que surgem pela fecundação da flor, só cairão em terra molhada pela chuva, o que não se justifica cientificamente.
Isso de forma alguma minimiza o valor da fruta do mandacaru. Sua casca grossa, vermelha, de cerca de 10 cm de comprimento, guarda uma polpa branca e suculenta, pontilhada de sementes pequenas e negras. Apesar do sabor pouco apreciável, o mandacaru é bastante valorizado pelas populações locais, sobretudo para matar a sede, mas também para, com seus ramos, alimentar os animais – seja o gado, seja as aves domésticas – e produzir forragem.
Frequente nos estados de Alagoas, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuo, Sergipe, Bahia e no norte de Minas Gerais, o mandacaru, parente do figo-da-índia e da palma, tem ramos abundantes, considerando-se que se trata de um cacto. Estes crescem em ângulo agudo em relação ao solo e são levemente curvados, de modo que a árvore ganha a aparência de um candelabro. É daí que surge o nome de sua família, Cereus, derivado de “círio”, que significa “vela”.
É por causa dessa forma do caule, grosso e elíptico, que o mandacaru perde pouca água para a atmosfera. Munido de incontáveis espinhos e desprovido de folhas, sua superfície de evaporação é reduzida. Os espinhos, além disso, funcionam como protetores dos frutos, impedindo que sejam comidos diretamente pelos animais, na ausência de outros alimentos.
No entanto, do mandacaru não é apenas o fruto o que se aproveita. As raízes e o caule, de conteúdo diurético, são utilizados pelas populações sertanejas em inúmeros xaropes; os espinhos são usados como agulhas para tecer almofadas; o tronco seco serve de material para portas, janelas e  telhados; e a planta toda, de ornamentação em praças e avenidas.